Cristo está voltando. Isto é fato óbvio, mas pouco comentado hoje. O apelo para a santificação e para o Ide deveria aumentar na proporção da tomada de consciência sobre a segunda vinda do Mestre. Ao invés disso, o corpo de Cristo clama por tesouros terrenos e amarra-se nas produções infinitas de tais promessas. Catástrofes naturais em proporções nunca vistas, mudanças climáticas fenomenais, fundamentalismos religiosos, apostasia da Doutrina pura e da motivação para a pregação e estudo da Palavra, aumento da perversão sexual e do liberalismo moral, e etc já prenunciam o fim. O que a igreja faz? Apenas jaz. A comichão nos ouvidos de 2Timóteo 4.3 aparece como a doença mental hipnótica do corpo de Cristo deste século. É um distúrbio de um corpo que está sem a Mente. O comportamento se torna egoísta: é o fracasso diante da busca pelo caráter de Cristo. A doutrina cristã esvaeceu-se no vento de doutrinas de homens: é a ausência do crescimento no conhecimento e na graça de Jesus. O corpo padece dos órgãos: a água é a do poço e não mais a da Vida. Cientistas sociais constatam o que a Bíblia há milênios previra: a comichão nos ouvidos ou, cientificamente, o desvario psicológico do desejo. O desejo é o novo Baal do povo de Deus. Desejo incontrolável de tudo. Desde a prosperidade à saúde psico-corporal. Menos vontade de missão, caráter e mente de Cristo. A comichão nos ouvidos é uma doença recente Nos membros do exército opera outra lei, que batalha contra a lei do entendimento, e os subjuga debaixo da lei do pecado que está sob seu corpo. Este é o narcisismo do qual Paulo fugia. É a lei da inclinação para a carne. Representa a ausência de limites para o próprio desejo humano que digladia contra as tendências do espírito. O desejo humano sempre paralisa. Hipnotiza, e isso é a sua característica básica. O apóstolo Paulo previu a queda da ordem moral e espiritual da sociedade do século XXI e identificou um distúrbio psicológico coletivo chamado narcisismo. A igreja hipnotizada adora a si mesma diante do marketing dos anjos caídos. Os anjos decaídos têm uma nova arma contra a igreja, e esta arma opera de dentro para fora a partir de objetos encantadores do desejo. Tais doutrinas são tão perfeitas que enganam até os escolhidos de Cristo. Desejo é sempre incompatível com qualquer ideal coletivo. O desejo é egoísta enquanto o ideal é socialista. Parte do exército de Cristo está hipnotizada pelo consumismo, culto ao corpo, projeto pessoal de vida, felicidade, autoajuda, pelas relações descartáveis como copos plásticos, ventos do misticismo, pela carreira estressante, ócio confortável, bens, pelo desejo de progresso perante os excluídos que padecem por não ter o que desejamos ter mais ainda. Desde a década de 70 a história de corrupção moral da sociedade bombardeia a família e o corpo com ideais de machismo e feminismo, liberalismo social, Estado mínimo na economia, liberdade absoluta para o capital financeiro, é proibido proibir, consumismo, tecnologia crescente, informação livre, onipotência da genética e igualdade de direitos entre diferentes dentre outros. Isso só tem uma conseqüência possível que é a centralização da igreja sobre si mesma. Há um mal-estar psicológico pela sociedade. A angústia, o vazio, a ansiedade, a depressão e psicossomatização. Todos são conseqüências físicas do distúrbio psíquico do desejo desvairado e da ausência do Espírito doutrinariamente restaurador. A libertação dos escravos do Brasito Diante disso precisamos de alguns Moisés para o espírito e não dos muitos doutores para as almas. Profetas que denunciem o pecado coletivo da adoração ao desejo humano. Esses profetas não virão com os pensamentos positivos de inventar mais futuros prósperos, mas sim precisarão exortar, admoestar e consolar. Esses profetas não inventarão palavra alguma. Só irão confrontar esse distúrbio social com o que já está previsto pela Bíblia. Para isso é necessário ter coragem e ousadia. Todos os profetas que apontaram o pecado foram perseguidos. Desde Moises aos profetas maiores e até mesmo o Cristo com a igreja primitiva. Mas se há um evangelho sem exortação para o pecado é porque está havendo inclinação para a carne e não para o Espírito no seio da igreja. Agora, além de salvar os perdidos, precisamos também devolver à missão aqueles nossos soldados que foram hipnotizados pelo inimigo. Para isso teremos que alicerçá-los na rocha através da doutrina do general e impedir que sejam levados novamente por ventos. Eles precisam das armaduras e do caráter do general. Quais são os corajosos que se disporão a serem utilizados por Deus como profetas para salvar parte do corpo que se encontra nesse estado psicoespiritual de hipnose provocado pelo marketing do inimigo e devolvê-lo para o seu caminho em direção ao Ide? Ao crescimento no conhecimento e na graça e na santificação sem outras intenções? Ao socialismo contra o egoísmo? À Doutrina de Cristo contra o misticismo dos desejos? Seja quem for a se juntar com os profetas já existentes para esta missão, a seara é grande e são poucos os ceifeiros. Agora precisamos voltar nossas estratégias não só para o mundo, mas para o quartel também. A oração correta para esses tempos deveria ser “Eis me aqui General, envia-me a mim”, e não esta que se repete dominicalmente como mantras de “Eis me aqui Senhor, engorda-me a mim”. Então, quem vem salvar soldados?
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