Arte: Dans Souza A Partícula de Deus “E disse Deus: Haja Luz” (Gn.1:3) Encontrar Deus na ciência soa quase como uma ironia malograda, uma vez que ao longo dos últimos duzentos anos, pelo menos, a busca pelo conhecimento empírico se distanciou, por razões obvias, da religião. De fato, encontrar o que na teoria é a partícula que dá origem a outras massas, está muitíssimo distante de qualquer conhecimento teológico já produzido desde os pais da igreja. Deus não está na agenda científica, principalmente em um momento histórico em que a religião vem perdendo legitimidade na civilização ocidental. A exceção são os fenômenos religiosos que podem ser observados crescendo bem debaixo de nossos não mais microscópios e sim narizes. A incapacidade das religiões antigas em responder as ansiedades globais atuais vem produzindo como efeito colateral o surgimento de “personalidades” aos moldes do já citado fenômeno religioso. Ou seja, algo reprovável até mesmo pelo tradicionalismo histórico, seja protestante ou seja romano. O que temos então, não é a igreja ou o culto e sim o “cara” da igreja e do culto, Macedos, Valdomiros, RR’s entre outros que hão de vir. Desde que Leon Lederman, prêmio Nobel de física, 1988 escreveu The God Particle em 1993, sem tradução para o português, que os brios da cúria foram mexidos. Como seria possível uma máquina feita por mãos humanas encontrar o que já havia sido descrito por teoria, ou por fé, aquilo que, em uma comparação leiga, é a origem do universo? Pois vinte e quatro anos depois a comunidade científica pode estar diante da descoberta mais importante da física até hoje. Grande Colisor de Hádrons Mesmo que testes ainda precisem ser feitos e confirmações precisem vir, as religiões nunca mais serão as mesmas. Bóson de Higgs não pode ser ignorado, não é um fóssil cuja idade medida em teste de carbono 14 pode ser simplesmente questionada por um pároco. Não é coisa do demônio ou de um demiurgo mal intencionado. Não foi produzido em um canteiro de obras da Delta nem patrocinado pelo Cachoeira e seu parecer final não será dado pelo ministro Lewandowisk. Nos últimos duzentos anos a ciência nos deu a penicilina, o microondas, implantes mamários e o fio dental. A religião nos deu casos de corrupção nas altas cúpulas, pedofilia em massa, conglomerados de comunicação e guetos homofóbicos. Podemos dizer então que este é o fim das religiões? Certo que não. Existem sacerdotes idôneos e líderes responsáveis enquanto mentes brilhantes da ciência se vendem aos lucros e aos mega bônus de corporações sem escrúpulos como nos casos das patentes. A pergunta que deveríamos nos fazer é: como a ciência, religião e outras instituições sociais podem (e devem) contribuir para uma existência pacífica da humanidade consigo mesma e com a coletividade em seus diversos ambientes? Tal resposta está além dos laboratórios, dos púlpitos e das eucaristias e deve ser respondida antes que Lula e Maluf resolvam tirar uma fotografia com o tal bóson ou o Paraguai impetre o impeachment do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares e o general Chavez queira estatizar o Colisor de Hádrons. Antes que os realities hallelujah nos deem novos Ahmadinejads ou aiatolás evoco as palavras do texto sagrado: “Haja luz”. Escrito por Leonardo Alves de Lima 11 de julho de 2012. Revista Crase
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Eu creio que o inferno existe, mas não tenho o menor prazer ou satisfação secretos ou públicos quanto a este fato.
Eu creio que o inferno é eterno e agradeço a Deus que não me deu condição de entender plenamente o que significa sofrer eternamente, senão eu entraria em crise. Eu creio que só escaparão de ir para o inferno aqueles que creram em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, o Filho de Deus que veio ao mundo morrer por nossos pecados. Os que nunca ouviram falar de Cristo não são exceção, pois não há inocentes diante de Deus, conforme Paulo ensina em Romanos 1 e 2. Eu creio que o inferno foi preparado para o diabo e seus anjos, mas não creio que o diabo já esteja lá e muito menos que ele seja o rei do inferno, onde domina e atormenta as almas perdidas. O diabo teme e treme na expectativa daquele dia em que será lançado para sempre no lago de fogo e enxofre. Eu creio que o Senhor Jesus Cristo veio ao mundo para salvar pecadores do inferno e que Ele se entregou na cruz para isto, mas tenho de reconhecer que a maioria das citações e informações sobre o inferno foi proferida por Ele e não pelo “Deus mau” do Antigo Testamento e nem pelo “intransigente” apóstolo Paulo. Lamento que tenho pregado pouco sobre o inferno. Lamento que nas vezes que preguei não fui mais convincente. E lamento mais ainda que são poucos os pregadores hoje que estão dispostos a falar deste assunto. [Aos interessados, seguem as passagens bíblicas que serviram de base para este post. Sal 9.17; Prov 5.5; 9.13–17; 15.24; 23.13-14; Isa 30.33; 33.14; Mat 3.12; 5.29-30; 7.13-14; 8.11-12; 10.28; 13.30, 38–42, 49-50; 16.18; 18.8-9, 34-35; 22.13; 25.28–30, 41, 46; Marcos 9.43-48; Lucas 3.17; 16.23-28; Atos 1.25; 2Tess 1.9; 2Ped 2.4; Judas 6, 23; Apoc 9.1, 2; 11.7; 14.10, 11; 19.20; 20.10, 15; 21.8 2.11]. |
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